Classificação Espectral
As raias visíveis no espectro de uma estrela permitem ordenar esses astros em classes de objetos similares. A classificação espectral atualmente em uso é baseado num esquema estabelecido em 1890 (Harvard Spectral Sequence). Da mais quente a mais fria, as estrelas são agrupadas em classes identificadas pelas letras do alfabeto W, O, B, A, F, G, K, M, R, N e S. Como são muito poucas as estrelas que entram nas classes W, R, N e S, sobram sete grupos principais, fáceis de memorizar considerando as iniciais da seguinte frase em inglês:
Oh, Be A
Fine Girl,
Kiss Me * |
A tabela abaixo mostra informações sobre as principais classes espectrais:
Classe Espectral | Cor da Estrela | Temperatura Superficial (K) | Exemplo |
O | azul | 30.000 | Mintaka |
B | branco-azulado | 20.000 | Rigel |
A | branco | 10.000 | Sírius |
F | branco-amarelado | 7.000 | Prócion |
G | amarelo | 6.000 | Capella |
K | alaranjado | 4.000 | Aldebarã |
M | vermelho | 3.000 | Betelgeuse |
Cada classe é dividida em dez subgrupos numerados de zero a nove. O Sol
pertence a classe espectral G2, sendo muito semelhante à Capella (G0), enquanto
Sírius é da classe A1 e Betelgeuse é da classe M2. Estrelas de comportamento
excepcional são designadas pela letra p, de peculiar, e as anãs,
gigantes e supergigantes são identificadas por d, g e s,
respectivamente, colocadas antes da letra principal.