Instalar ou não o Pára-Raios

A fim de determinar se há ou não a necessidade da instalação de umsistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) basta resolver as equações explicitadas abaixo, retiradas da norma NBR 5419 (Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - fev 2001. ABNT ).

A probabilidade de uma estrutura ser atingida por um raio em um ano é o produto da densidade de descargas para a terra ( N_g = n^o de raios por quilômetros quadrados por ano ) pela área_.de exposição equivalente da estrutura (A_e):

 

N_g = 0,04 ^. T_d^1,25 ( por km²/ano )

 

T_d = n^o de dias de trovoada por ano, obtido de mapas isocerâunicos.

 

As pesquisas mais atuais do GRUPO DE ELETRICIDADE ATMOFÉRICA, do INPE, geraram o mapa abaixo, que fornece o número de raios por quilômetro quadrado por ano que atingem as regiões do Brasil. Assim sendo, não há mais a necessidade de se resolver a equação a cima, pois este mapa nos informa diretamente o valor N_g da equação anterior

 

A freqüência média anual previsível N_dde descargas atmosféricas sobre uma estrutura é dada por:

 

N_d = N_g ^. A_e ^. 10^-6 ( por ano )

 

A freqüência admissível de ocorrência N_d é:

a) Riscos maiores que (1/1000) por ano são considerados inaceitáveis;

b) Riscos menores que 1/100000 são considerados aceitáveis.

 

Depois de determinado o valor de Nd que é o n^o provável de raios que atingem uma estrutura no período de um ano, aplica-se os fatores de ponderação:

 

a) Se N_d < 10^-3, a estrutura requer SPDA;

 

b) Se 10^-3 < N_d > 10^-5, a conveniência de um SPDA de ser decidida por um acordo entre projetista e usuário;

 

c) Se N_d < 10^-5, a estrutura dispensa um SPDA.