Mestrado Profissional em Ensino de Física
Instituto de Física - UFRGS


Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha


 

(TRABALHOS TRIMESTRAIS)
 
 GUIA DO ALUNO
 
 

Luiz André Mützenberg

 

Trabalho orientado pelos professores
 
Drª. Eliane Angela Veit
e
Dr. Fernando Lang da Silveira


 


 
 

SUMÁRIO


1 - INTRODUÇÃO
2 - O PROJETO DE PESQUISA
2.1 - Escolha do assunto
2.2 - Elaboração do projeto
3 - O MOMENTO DE ORIENTAÇÃO
4 - O CADERNO DE CAMPO
4.1 - Consultas bibliográficas
4.2 - Estudo e planejamento
4.3 - Atividades experimentais
5 - A APRESENTAÇÃO
5.1 - O experimento
5.2 - Relatório oral
5.3 - O conteúdo
6 - O RELATÓRIO FINAL
6.1 - Formatação do Relatório
6.1.1 - Trabalho científico
6.1.2 - Artigo científico
6.1.3 - Referências bibliográficas
6.2 - Conteúdos do Relatório Final
6.2.1 - Introdução
6.2.2 - Fundamentação Teórica
6.2.3 - Desenvolvimento
6.2.4 - Conclusão
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


 

 

1 - INTRODUÇÃO

Os Trabalhos Trimestrais são Pequenos Projetos de Pesquisa realizados na disciplina de Física do Curso de Eletrônica há muitos anos, e atualmente começam a ser realizados nos demais cursos de Fundação Liberato.

Cientes de que não é possível ensinar toda a Física em três anos, acreditamos que a realização de Trabalhos Trimestrais possa ampliar o leque de conteúdos trabalhados nas aulas e preparar os alunos para estudar e compreender os conteúdos da Física que serão necessários para a sua formação acadêmica e profissional depois de concluir sua formação nesta escola. Esperamos que as capacidades de planejar e desenvolver uma pesquisa e de apresentar os resultados, adquiridas com a realização de Trabalhos Trimestrais, sejam um diferencial para os alunos que desenvolvem Pequenos Projetos de Pesquisa durante o Ensino Médio.

Neste Guia do Aluno fornecemos orientações para escrever o Projeto, organizar o Caderno de Campo, preparar a Apresentação Oral e elaborar o Relatório Final de um Trabalho Trimestral. Todas estas etapas são importantes para o desenvolvimento da pesquisa.

O Projeto de Pesquisa tem por finalidade desenvolver a capacidade de planejar uma atividade. A importância do planejamento pode ser compreendida quando se observa a quantidade de empresas e instituições que investem em planejamento estratégico.

O Caderno de Campo serve para ensinar a manter um registro organizado de todas as atividades realizadas durante a pesquisa. A importância da organização está relacionada à quantidade de pessoas que trabalham em colaboração em uma mesma empresa, onde diferentes pessoas devem ter a capacidade de exercer diferentes funções, o que só será possível se todos organizarem as suas atividades de modo que possam ser entendidas por todos e mantiverem registros atualizados do que foi feito e do que falta fazer.

A apresentação de relatórios orais e escritos também é uma atividade presente em muitas empresas. Tanto o funcionário tem que apresentar relatórios das suas atividades para o seu superior, quanto os chefes de equipe precisam expor os projetos da empresa para os funcionários. Estas competências serão desenvolvidas com a realização da Apresentação e com o desenvolvimento do Relatório Final.

Nossa expectativa é que os alunos que realizam Trabalhos Trimestrais sejam capazes de encarar suas diferentes atividades como uma verdadeira preparação para o mundo que os espera depois que concluírem o Ensino Médio.
 



 

2 - O PROJETO DE PESQUISA

Para responder perguntas relacionadas à natureza o ser humano faz experiências. Realizar uma experiência não é montar um aparelho que permita a observação de um fenômeno extraordinário, intrigante ou curioso. Fazer uma experiência também não é preencher tabelas de medidas e calcular médias. A experiência só tem sentido quando é realizada com o objetivo de responder uma ou mais perguntas. O objetivo é o item mais importante de um Projeto de Pesquisa. Nele deve ficar claro o que investigar e como investigar.

A linguagem da natureza não é evidente. Para interpretar os resultados é preciso ter hipóteses para testar, que serão confirmadas ou rejeitadas no final do experimento. O Projeto de Pesquisa explica como será feito o experimento e prevê alguns resultados possíveis. O tempo disponível para um Trabalho Trimestral é pouco, portanto as hipóteses a serem testadas devem ser claramente formuladas, a viabilidade de serem respondidas com o aparato experimental proposto deve ser analisada criteriosamente e o tempo requerido para a montagem do aparato experimental não deve requerer mais do que a metade do tempo disponível para desenvolver o Trabalho Trimestral.

A elaboração de um projeto é um exercício para a vida. Em qualquer atividade, seja ela doméstica, social ou profissional, é preciso planejar, avaliar recursos disponíveis, e estabelecer metas. Nesta disciplina, a nota do projeto tem peso pequeno na nota final do Trabalho Trimestral, mas um bom Projeto de Pesquisa é fundamental para realizar bem as demais etapas do Trabalho Trimestral.
 

2.1 - Escolha do assunto

A escolha do assunto depende de como o professor encaminha o Trabalho Trimestral. Este encaminhamento pode ser feito com maior ou menor grau de liberdade para a escolha do assunto.

Na extremidade do menor grau de liberdade, o professor define o assunto da pesquisa. A vantagem é que você se livra da tarefa de encontrar um assunto interessante e que seja consenso do grupo. A desvantagem é que o assunto que o professor propõe pode não ser do seu interesse.

Quando fica completamente livre o assunto da pesquisa você tem a liberdade de escolher um assunto que você quer conhecer melhor e que considera realmente interessante, mas isto pode ser uma "batata quente" pois o grupo pode demorar a encontrar um assunto de consenso. Esta demora na escolha do tema pode prejudicar a conclusão da pesquisa.

Algumas regras que podem auxiliar na escolha do assunto, quando este não é definido pelo professor, são:


- restringir o número de opções, usem como regra discutir no máximo 3 opções.
- escolher o momento de escolher, analisem as opções e votem.
- aceitar o suficientemente bom, evitem procurar o assunto ideal
- valorizar os ganhos e esquecer as perdas, não pensem mais nas opções depois de votar, e se concentrem no trabalho.

 

Estas regras foram adaptadas do artigo A Tirania da Escolha [3]. A estas regras cabe acrescentar que para assunto de pesquisa de um Trabalho Trimestral é importante optar por conteúdos sobre os quais o grupo já tem algum conhecimento, o que permita estabelecer objetivos claros.
 

2.2 - Elaboração do projeto

Um modelo de projeto, que pode ser útil está disponível no CD. Para usuários da internet, o mesmo foi disponibilizado em:
 

www.if.ufrgs.br/~mitza/mdls.htm

 

Neste endereço também foram disponibilizadas planilhas de avaliação para Trabalhos Trimestrais. Estas planilhas foram elaboradas para uso dos professores, mas os alunos também podem usá-las para conferir se todos os itens do Projeto de Pesquisa ou do Relatório Final foram desenvolvidos segundo os critérios que serão usados para a sua avaliação. Os itens de um Projeto de Pesquisa que podem ser solicitados pelo professor são:


- identificação,
- introdução,
- justificativa,
- objetivos específicos,
- fundamentação teórica,
- metodologias de trabalho,
- exeqüibilidade,
- mapa conceitual
- cronograma e
- fechamento
 

O primeiro passo para elaborar o Projeto de Pesquisa é reunir o grupo para discutir o conteúdo para cada um dos itens. Este encontro deve ser registrado no Caderno de Campo, anotando as idéias propostas pelo grupo para cada item. No final desse encontro será escolhido um redator, que vai levar o Caderno de Campo para poder digitar o Projeto de Pesquisa no computador e um aluno contato, que será o aluno ao qual o professor se dirigirá quando tiver alguma dúvida sobre o andamento do Trabalho Trimestral.

Para organizar o Projeto Pesquisa é importante verificar a ficha que será usada para a avaliação do mesmo. Para facilitar apresentamos um resumo do que deve constar em cada item deste projeto. A necessidade de incluir todos os itens ou não vai depender da solicitação feita pelo professor quando ele apresentou as propostas para o Trabalho Trimestral.

Identificação: é o cabeçalho do Projeto de Pesquisa, nele deve constar o nome da escola, a série, a turma, o nome do curso, os nomes dos alunos e o nome do professor. Quem não tem acesso a internet pode seguir o estilo do cabeçalho que consta na ficha de avaliação.

Introdução: deve situar o problema, isto é, explicitar o assunto que será estudado e contextualizá-lo com algum problema social, econômico ou tecnológico para dar encaminhamento à justificativa. Uma boa introdução não define o assunto que será estudado, ela apenas fornece o contexto do estudo e encaminha para a justificativa.

Justificativa: deve destacar a importância do estudo, justificar motivos para fazer a pesquisa, dizer para quem esta pesquisa pode ser importante, e que benefícios o estudo pode gerar. Ela encaminha para o objetivo quando começa a definir com maior precisão o que será estudado, e para que será estudado. Muitos alunos gostam de perguntar "Por que tenho que estudar Física?" e elaborar uma justificativa para um Pequeno Projeto de Pesquisa é uma boa oportunidade para refletir sobre esta questão.

Objetivo: deve expressar claramente o que o grupo pretende fazer. O objetivo deve responder questões do tipo "Qual é a finalidade da pesquisa?", "Que hipóteses serão testadas?" ou "Que resultados o grupo pretende conseguir?". É preciso estabelecer limites claros para o trabalho sob pena de não conseguir terminar a pesquisa dentro do prazo estabelecido.

Metodologia: deve apresentar o planejamento das experiências, isto é, deve explicar como pretendem montar o experimento, quais medidas deverão ser feitas e que tipo de análise será aplicada aos dados que serão obtidos.

Fundamentação teórica: deve apresentar um panorama do que já foi estudado sobre o assunto e apresentar os materiais mais importantes que deverão ser estudados para desenvolver a pesquisa. É importante observar que os materiais citados sejam pertinentes ao objetivo, à metodologia, ou à análise dos dados. Também é importante que a fundamentação teórica expresse algum conhecimento sobre o tema do trabalho. Não afirmar somente que vai ler um texto mas descrever porque considera a leitura desse texto importante.

Exeqüibilidade: deve demonstrar que o grupo tem condições de fazer a pesquisa, que tem acesso a todos os recursos necessários. É importante citar a origem de recursos materiais e de recursos humanos, quando a pesquisa envolve tarefas para as quais o grupo não está preparado. Para escrever sobre a exeqüibilidade o grupo deverá auto-avaliar adequadamente as suas potencialidades. Se pretenderem desenvolver um software, identifiquem os alunos que possuem conhecimentos para tanto. Um bom planejamento inclui recursos materiais e humanos.

Mapa conceitual: deve apresentar os conceitos relevantes para a compreensão e realização da pesquisa e mostrar como estes conceitos estão relacionados. O mapa conceitual permite avaliar se a pesquisa foi entendida corretamente.

Cronograma: deve apresentar a distribuição das atividades ao longo do trimestre, ele deve responder a questão: "Quando cada etapa será cumprida?". Uma boa maneira de organizar um cronograma é construir uma tabela em que são especificadas as semanas e as tarefas que devem ser realizadas, assinalando as semanas em que cada atividade será desenvolvida. Veja a tabela no Projeto Modelo.

Seja o cronograma elaborado em uma tabela, uma lista de atividades a serem desenvolvidas ou um parágrafo em que o grupo descreve como pretende organizar o seu tempo, é importante que os tempos destinados a cada atividade sejam coerentes e de preferência, que haja um excedente de tempo para cada atividade.

Fechamento: o fechamento é um espaço reservado ao final do trabalho para colocar a data do projeto e a assinatura dos componentes.
 



 

3 - O MOMENTO DE ORIENTAÇÃO

O Momento de Orientação também é uma etapa importante da pesquisa. A participação neste momento será considerada na avaliação final do Trabalho Trimestral. Mesmo que o peso desta etapa na nota final da pesquisa seja pequeno, lembre que outros resultados podem depender da orientação.

Para tirar o melhor proveito do Momento de Orientação, faça uma boa organização com o grupo, coloquem suas idéias no papel da forma mais clara possível e anotem as dúvidas para não esquecer de perguntas importantes.

Quando há dificuldades para escrever o Projeto de Pesquisa, o Momento de Orientação pode ser antecipado. Os principais motivos para antecipar a orientação são não compreender as propostas ou não ter idéias. Mesmo que o Momento de Orientação seja antecipado, procure alinhavar o projeto, escreva as idéias para ver com o professor se são possíveis.

A idéia da pesquisa deve ser do grupo, não espere que o professor diga o que deve ser feito. O professor é um orientador, que pode alertar o grupo quando este quer fazer uma experiência que não vai dar certo, ou então poderá fornecer algumas dicas para facilitar a experiência e obter melhores resultados.

Quando o Momento de Orientação ocorrer depois da entrega do Projeto de Pesquisa, espere o professor devolver o projeto e reúna o grupo para discutir as observações do professor. Analisem estas observações e preparem perguntas para fazer durante a orientação. Se alguma observação não está clara, não esqueçam de esclarecer a dúvida. Também converse com o grupo para saber se o projeto está claro para todos, pois é bem provável que o professor também queira esclarecer algumas dúvidas.

O Momento de Orientação normalmente inicia com uma fala do professor sobre o projeto, procurando ressaltar aspectos positivos, inovações e idéias que podem gerar bons resultados, seguida de orientações para repensar pontos que não ficaram claros ou que contêm erros. No segundo momento o grupo expõe o andamento do projeto, quais etapas já foram realizadas, quais dificuldades estão sendo encontradas. Para isto é importante que esteja preparado.

Como critérios para a avaliação dessa etapa são considerados a participação, o interesse e a clareza do grupo em expor suas idéias e a apresentação do Caderno de Campo.
 



 

4 - O CADERNO DE CAMPO

O Caderno de Campo tem a finalidade de manter registros do desenvolvimento de seu Trabalho Trimestral. Ele contém a evolução da pesquisa e permite fazer uma avaliação do volume de atividades que foram desenvolvidas. É importante que o registro destas atividades seja organizado para que todos os componentes do grupo e também o professor possam entender o seu conteúdo.

Para fazer o Caderno de Campo sugerimos não usar caderno espiral e numerar as páginas do caderno. A primeira página deve ser usada para identificar o caderno com o título da pesquisa e os nomes dos alunos que dela participam. Cada vez que for desenvolvida uma atividade para o Trabalho Trimestral, devem ser registrados a data e um resumo do que foi feito. Também é interessante usar títulos destacados para identificar as atividades. Estes cuidados facilitam a leitura do caderno.

Na ficha de avaliação do Caderno de Campo você pode constatar que a primeira etapa da avaliação consiste em uma folheada do Caderno de Campo para identificar conteúdos importantes e para avaliar que conteúdos há nele. Se o caderno tiver uma boa organização, será fácil identificar se ele tem:


- folha de rosto,
- termo de abertura do caderno,
- definição do assunto,
- rascunho do Projeto de Pesquisa,
- referências das consultas,
- resumo das consultas,
- registros de Momentos de Orientação,
- descrição dos experimentos,
- medidas,
- cálculos,
- gráficos,
- análise dos resultados,
- rascunho do Relatório Final,
- preparação da Apresentação,
- termo de conclusão.
 

Os aspectos visuais e quantitativos, que possam ser avaliados sem a leitura do Caderno de Campo, demonstram a capacidade de organização do grupo e o seu empenho no Trabalho Trimestral. Muitos alunos reclamam que a disciplina de Física é difícil, mas muitas destas dificuldades são superadas com a organização das idéias. A organização das idéias não é uma habilidade inata, ela precisa ser adquirida através da prática. Um bom exercício para organizar as idéias é registrá-las claramente.

Cada vez que o grupo se reunir ou quando um componente do grupo estudar algum assunto relacionado ao Trabalho Trimestral, ou ainda, quando parte do grupo desenvolver uma atividade relacionada à pesquisa, o fato deve ser registrado no Caderno de Campo, com a devida identificação das pessoas que participaram da atividade.

A folha de rosto, o termo de abertura, a escolha do assunto e o termo de conclusão do trabalho ajudam a melhor organização e clareza do trabalho. O Caderno de Campo é um documento importante do trabalho do grupo, nada mais justo que identificá-lo claramente em uma folha de rosto bem feita. O Trabalho Trimestral começa com a formação do grupo, este momento é registrado no termo de abertura, que provavelmente será seguido de um relato de como o grupo escolheu o assunto para pesquisar no Trabalho Trimestral.

Os registros dos Momentos de Orientação, dos estudos para a fundamentação teórica, do planejamento da experiência, da realização do experimento, de testes e ajustes na experiência e da análise dos resultados têm duas finalidades: dispor informações para a elaboração do Relatório Final e da Apresentação, e permitir que o professor tome conhecimento e possa avaliar o estudo realizado pelos alunos.

O Caderno de Campo deve conter um registro do encontro em que o grupo decidiu o assunto da pesquisa. Este registro, na forma de rascunho, deve especificar as idéias propostas pelo grupo para cada item do Projeto de Pesquisa.

É importante destacar as datas e os assuntos estudados para facilitar a leitura o Caderno de Campo. Ter boa organização também facilita a localização de informações importantes para o Relatório Final e para a Apresentação.

No trabalho em equipe todos cumprem suas tarefas. Não devem ser uma ou duas pessoas trabalhando para que os outros se dêem bem. Por isso é solicitado que no final de cada encontro os alunos presentes assinem os registros daquele dia. Se um aluno realiza sozinho uma atividade, ele assinará esta atividade, mas provavelmente vai deixar atividades que serão desenvolvidas por outros alunos e das quais ele não participará.

Uma definição para pesquisa é dada por Bob Gowin[1] :

"O processo de pesquisa pode ser visto como uma estrutura de significados. Os elementos dessa estrutura são eventos, fatos e conceitos. O que a pesquisa faz através de suas ações é estabelecer conexões específicas entre um dado evento, os registros feitos deste evento, os julgamentos factuais derivados desses registros, os conceitos que focalizam regularidades nos eventos e os sistemas conceituais utilizados para interpretar esses julgamentos a fim de chegar à explanação do evento. Criar essa estrutura de significados em uma certa investigação é ter feito uma pesquisa coerente."

No Caderno de Campo, o professor pode verificar como os alunos construíram as suas estruturas de significados relacionando conceitos, eventos e fatos. Para atingir este objetivo, a avaliação dos conteúdos do Caderno de Campo foi subdividida em três pontos que serão analisados neste capítulo:


- registro de consultas bibliográficas
- registros de estudos e análises
- registro de atividades experimentais.
 

4.1 - Consultas bibliográficas

Uma pesquisa não é feita "de cabeça", é necessário consultar várias fontes para formular uma hipótese cuja veracidade possa ser testada. No Caderno de Campo devem estar registradas estas consultas, sejam elas feitas em livros, na Internet, nas anotações de aula ou em entrevistas com pessoas especializadas no assunto.

A consulta bibliográfica é a via de apropriação dos conhecimentos existentes. É preciso estudar várias fontes para aprender os conceitos, modelos princípios e teorias importantes para a pesquisa. Somente o conhecimento claro e bem estruturado permitirá a realização de uma pesquisa de qualidade.

Neste tópico apresentamos pontos importantes, e que devem ser observados ao registrar as consultas. Sempre é importante anotar as referências completas dos materiais estudados e fazer um resumo procurando responder as seguintes perguntas.


- Quais são as idéias mais importantes do texto?
- Qual é a importância do texto para o trabalho que está sendo feito?
 

A necessidade de anotações referentes a um texto depende do domínio que o você tem sobre o assunto e da disponibilidade do texto. Quando o texto trata de um assunto conhecido é suficiente anotar palavras-chave que permitam lembrar de pontos tratados no texto e que podem ser importantes para desenvolver a pesquisa.

Quando o texto está disponível para consultar a qualquer hora, basta registrar as páginas em que há informações importantes para o trabalho, mas se a leitura for feita em livros e revistas que não podem ser tomados emprestados até a conclusão do trabalho, os registros devem ser claros e completos, para não correr o risco de perder alguma informação que possa ser imprescindível no futuro.

É normal ter mais consultas na Internet do que em livros e revistas. A Internet é uma fonte imensa de informações. Uma palavra-chave em um endereço de busca abre centenas de páginas, parte destas são disponibilizadas por instituições preocupadas com a ciência, outras são disponibilizadas por pessoas cuja credibilidade é duvidosa.

Antes de usar das informações encontradas na Internet é importante checar a credibilidade dos autores. Tente pesquisar em instituições de credibilidade como universidades, órgãos oficiais, institutos de pesquisa, revistas de divulgação científica ou entidades representativas da comunidade científica, tais como a SBF (Sociedade Brasileira de Física) e a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

Uma fonte para a pesquisa pode ser uma entrevista planejada com um especialista. Quando marcar uma entrevista, leve em consideração que a pessoa está disponibilizando um horário para atender o grupo. Portanto planeje a entrevista, faça uma lista das perguntas importantes e esteja preparado para registrar o máximo de informações e, se for possível, grave a entrevista.

No Caderno de Campo registre o planejamento da entrevista e as informações obtidas neste momento. A entrevista costuma ser dinâmica. É difícil anotar tudo o que é dito. O melhor procedimento é levar folhas de rascunho para registrar pontos importantes e transcrever a entrevista para o Caderno de Campo logo depois da entrevista. Sempre é importante anotar:


- o nome da pessoa entrevistada,
- a formação dessa pessoa,
- a função que ela exerce e
- o local onde ela trabalha.
 

Estas informações são importantes pois podem dar credibilidade à entrevista quando ficar evidente que a pessoa entrevistada deve ter grande domínio do assunto abordado na entrevista.

O Momento de Orientação normalmente ocorre de modo informal, não segue uma estrutura rígida, mas é um momento em que há uma grande troca de idéias. Não é preciso registrar estas idéias no Caderno de Campo durante a orientação, para não interromper a conversa, mas é importante que logo depois da orientação o grupo pare e registre estas idéias no caderno para que sejam implementadas em momento oportuno. Assim como para as entrevistas, é interessante registrar alguns pontos do Momento de Orientação em folhas de rascunho.

Apresentamos na Tabela 1 as informações que devem ser anotadas para elaborar as referências bibliográficas na hora de digitar o relatório.

Tabela 1. Informações necessárias para as referências bibliográficas.

Quando o "SIM" é com letras maiúsculas significa que a informação é obrigatória na referência bibliográfica. Um "sim" com letras minúsculas significa que a informação é opcional.
 

4.2 - Estudo e planejamento

Uma experiência física visa responder uma pergunta sobre a natureza. A resposta será a refutação ou corroboração da hipótese ou o resultado de uma medida. O bom planejamento da experiência começa por um objetivo bem definido, uma hipótese clara que possa ser corroborada ou refutada, ou uma definição exata do que deve ser medido ou calibrado.

Se a intenção é testar uma hipótese, é necessário enunciar claramente esta hipótese, e projetar possíveis resultados que corroboram a hipótese e possíveis resultados que a refutem.

Se a intenção é realizar uma medida, é preciso planejar quantas vezes a medida será repetida para obter uma média e poder calcular o desvio padrão, esclarecer se o resultado será apresentado como um valor definido, um gráfico ou uma equação que relaciona grandezas físicas.

Dificilmente um Trabalho Trimestral fica limitado à Física. Muitas pesquisas envolvem conhecimentos da área profissionalizante do curso. Para a análise dos resultados, é preciso recorrer a cálculos, gráficos e equações, estudados em Matemática. Para desenvolver sistemas de aquisição de dados é necessário conhecer a Informática. Um bom relatório deve ser escrito de forma clara. Para isto é preciso conhecer a Língua Portuguesa. Alguns trabalhos envolvem estudos de Biologia e Química. Alunos com mais conhecimentos sociais normalmente elaboram justificativas melhores.

Quando as dúvidas se referem a outras áreas é importante procurar ajuda de outros professores quando a leitura e estudo do material disponível não for suficiente para compreender o assunto.

Atualmente é impossível saber como funciona cada aparelho ou instrumento que utilizamos. Durante a pesquisa, alguns instrumentos serão usados, sem que seja compreendido o seu funcionamento. A descrição do aparato experimental deve apresentar as funções de cada objeto usado na experiência, explicando onde, quando e como ele é usado.

Quando o grupo usa um multímetro, não será necessário explicar o funcionamento do mesmo, mas deve ser explicado como este será usado, em que escala ele deve ser ajustado, em quais pontos serão colocadas as ponteiras para realizar as medidas.

Alguns instrumentos podem ser usados como "caixa preta", da qual se conhecem as funções, se sabe como usar, mas se desconhecem os mecanismos internos que fazem estes aparelhos funcionarem. Isto não se pode admitir para o experimento propriamente dito. O experimento deve ser uma "ilha de racionalidade".

Há livros e revistas que fornecem informações claras para montar experimentos, com listas de material e instruções de montagem. Com o advento da Internet surgiram páginas especializadas na divulgação de experimentos. O experimento de um Trabalho Trimestral não deve ser montado como se fosse uma "receita de bolo", seguindo instruções do tipo "faça assim". É preciso entender os princípios físicos envolvidos no experimento. É preciso saber que alterações podem ser feitas no experimento, e que efeitos estas alterações provocam.
 

4.3 - Atividades experimentais

Uma etapa importante é a realização das experiências. Os Trabalhos Trimestrais são pesquisas que envolvem a formulação de uma proposta, apresentada no Projeto de Pesquisa e que será testada, para confirmar a sua viabilidade ou não. A avaliação do Caderno de Campo visa verificar como o grupo conduziu suas atividades experimentais, o que envolve a descrição da montagem do experimento, os ajustes que se tornaram necessários para que o experimento funcionasse, a realização das medidas, a organização de tabelas e gráficos, a análise dos resultados obtidos e as conclusões do grupo sobre o experimento.

Fazer medidas não é uma atividade simples. Elas devem ser feitas com muito cuidado e sempre que possível, registre como elas foram feitas. Faça desenhos sobre a realização das medidas que mostram a montagem e apontam detalhes importantes que devem ser observados para a correta realização das medidas ou fotografe os detalhes. Saber exatamente como a medida foi feita é importante para avaliar se os erros de medida podem ser reduzidos.

Quando realiza medidas, você deve preparar tabelas no próprio Caderno de Campo para depois passá-las para o computador. Mesmo as medidas erradas permanecem no caderno. Elas mostram o trabalho do grupo, embora não sejam usadas no Relatório Final. Com os recursos de informática não é necessário fazer os gráficos no caderno. Eles podem ser feitos no computador. No Caderno de Campo você deve anotar o nome dos arquivos e anexar um disquete com estes arquivos. O gráfico pode ser impresso para colá-lo no Caderno de Campo.

Na hora de realizar o experimento, você deve anotar os materiais usados na montagem e a origem deste material. Também deve explicar como foi montado o experimento e complementar o texto com figuras que mostrem cuidados necessários para obter bons resultados.

A essência de um Trabalho Trimestral é a busca de soluções, não o resultado final. Um grupo pode preparar o experimento usando instrumentos do laboratório e obter excelentes medidas, outro grupo pode tentar realizar as mesmas medidas, mas confeccionando os seus instrumentos de medida e não conseguir realizá-las. Neste caso cabe ao professor avaliar o quanto cada grupo trabalhou, o que cada grupo aprendeu e a validade das decisões tomadas pelo grupo.

Poucos experimentos funcionam perfeitamente na primeira versão. Normalmente são necessários ajustes, adaptações e repetição das medidas para obter bons resultados. Um bom investigador não se contenta com resultado encontrado na primeira tentativa. É importante repetir as medidas para confirmar estes resultados. O número de repetições vai depender da complexidade do experimento, dos recursos e do tempo disponível. Algumas medidas são rápidas, podendo ser realizadas várias vezes em curto espaço de tempo. Outras podem envolver um dia inteiro ou mais de trabalho.

As novas medidas podem se constituir em uma repetição de medidas já realizadas, para obter vários valores semelhantes e aplicar um tratamento estatístico, ou podem se constituir em testes para explorar a influência de determinados fatores nos resultados da experiência.

A realização da experiência é uma etapa da pesquisa, mas a simples montagem do experimento não tem relação significativa com a ciência, sem que se leve em conta a interpretação dos resultados.

A preparação do Relatório Final e da Apresentação deve ser discutida pelo grupo. Uma das últimas etapas do trabalho do grupo é decidir que informações devem constar em cada tópico do relatório e qual será a tarefa de cada um na hora da apresentação. Depois é só fazer o fechamento do Caderno de Campo com a assinatura de todo grupo.
 



 

5 - A APRESENTAÇÃO

Apresentar um resultado para um grupo não é uma habilidade inata, mas uma competência cada vez mais exigida pelo mercado de trabalho, para a qual você deve se preparar. Algumas pessoas fazem apresentações com naturalidade, outras ficam nervosas e se atrapalham. Por isto é importante planejar as apresentações para que elas atendam as exigências da ocasião.

Quando o funcionário de uma empresa precisa expor os resultados do seu trabalho para seus superiores ele deve se preparar, selecionar as informações que são relevantes para a instituição em que trabalha e organizá-las para que a apresentação possa ser breve e também permitir que os interessados conheçam o trabalho do funcionário. Critérios semelhantes são válidos quando os chefes precisam apresentar os projetos da empresa para os funcionários.

Quando o Trabalho Trimestral estiver concluído o grupo também deve se preparar para a Apresentação observando os critérios de avaliação estabelecidos na respectiva ficha.

Na ficha de avaliação foi dada maior importância para o experimento e a apresentação, uma vez que o conteúdo será bem avaliado no relatório. Cuide para não expor informações erradas e capriche no experimento e na apresentação. O importante é que o experimento funcione e que a apresentação esteja bem estruturada, tenha uma seqüência lógica e seja clara.
 

5.1 - O experimento

Como a pesquisa é orientada para a realização de um experimento, este experimento deve ser mostrado na Apresentado Oral. É importante que o experimento funcione adequadamente, esteja bem acabado, mostre a criatividade e o trabalho do grupo e tenha coerência com o projeto. Um bom experimento não precisa apresentar todas estas qualidades simultaneamente, mas cabe a você valorizar as qualidades do seu trabalho durante a apresentação.

Funcionamento: realizar um experimento que funcione deve ser o objetivo do grupo, mas não obter êxito não significa trabalho mal feito. Quando isto acontece é preciso explicar como o experimento deveria funcionar e descrever os problemas que impedem o funcionamento do mesmo.

Acabamento: sempre procure apresentar um trabalho bem acabado. A apresentação e o acabamento são qualidades importantes. A resistência do material é outra qualidade que deve ser observada para não correr o risco de chegar na hora da Apresentação com o experimento desmontado.

Criatividade: não fique limitado ao uso de uma sugestão pronta, procure alternativas para o experimento, use materiais baratos ou melhore o funcionamento. A criatividade depende de argúcia, cuja ocorrência não pode ser planejada. A probabilidade de aguçar o espírito aumenta quando se está envolvido com um problema, querendo resolvê-lo. Portanto, se o grupo tiver uma idéia original para o trabalho, deve valorizá-la.

Trabalho: aproveitar um instrumento pronto, bem acabado não convence. Mostre o esforço para fazer o experimento funcionar. Convença o professor e os colegas que o grupo trabalhou muito para fazer o Trabalho Trimestral.

Projeto: é importante seguir uma metodologia de trabalho, portanto o experimento apresentado deve estar de acordo com a proposta do Projeto de Pesquisa. Quando isto não é possível, explique por que foi preciso mudar.
 

5.2 - Relatório oral

O relatório oral é uma forma de apresentação de idéias importante no mercado de trabalho. A Apresentação é um instrumento de avaliação para valorizar habilidades e competências que não podem ser avaliadas em provas escritas. Para fazer uma boa apresentação é preciso cuidar da organização, fazer uso de recursos, distribuir bem as tarefas, cuidar da postura e do tempo disponível e respeitar as apresentações de outros grupos.

Organização: relato oral não é uma fala improvisada. A Apresentação deve ser preparada com antecedência, o experimento deve vir pronto para a aula, evite procurar materiais e fazer montagens durante as apresentações de outros grupos. O relato oral deve seguir uma seqüência lógica e que facilite a compreensão para aqueles que assistem. Comece a apresentação pelo objetivo, fale da fundamentação teórica, descreva a experiência para concluir com os resultados encontrados. Preparar uma apresentação no computador ou em cartaz ajuda na organização.

Recursos: já foi mencionado que o uso de recursos facilita a organização de uma apresentação. Ao usar recursos como cartazes, retro-projetor ou softwares de apresentação, deve cuidar para não ficar lendo estes recursos. No software de apresentação, use fundo discreto, para destacar textos, figuras e gráficos que devem ser apresentados. O uso de um recurso envolve tempo e pode atrasar a Apresentação. O grupo deve estar bem preparado para a Apresentação, deve testar tudo antes para assegurar que vai funcionar corretamente no momento da Apresentação.

Distribuição: as falas devem ser bem distribuídas, com todos os componentes do grupo participando ativamente da Apresentação. Cada um deve respeitar a hora do outro falar. Esta distribuição faz parte do planejamento. Ela é decidida antes do dia da Apresentação para que cada aluno possa preparar a sua participação.

Postura: na hora de falar, cuide para não ficar na frente do experimento ou dos recursos preparados para a Apresentação. Evite ficar de costas para a platéia. Quando os colegas do grupo estão apresentando, fique quieto para não desviar a atenção dos outros alunos.

Colaboração: a colaboração e o respeito pela Apresentação dos outros grupos também fazem parte da Apresentação. Assistir a apresentação do trabalho dos outros grupos não é uma opção. Faz parte do Trabalho Trimestral conhecer as pesquisas feitas pelos colegas da turma.

Tempo: organizar o tempo é um desafio dos tempos modernos. O desafio da Apresentação é expor os resultados da experiência em 10 minutos, sem ultrapassar este tempo. Lembre que o grupo precisa de alguns minutos para iniciar as falas, portanto o tempo de fala fica reduzido a 6 ou 7 minutos. Para estipular o tempo de 10 minutos, foi considerado o tempo de duas aulas de 50 minutos onde 20 minutos iniciais são destinados para que cada grupo monte seu experimento e prepare a sua Apresentação e os restantes 80 minutos serão distribuídos entre os grupos para que apresentem os seus Trabalhos Trimestrais.
 

5.3 - O conteúdo

O grupo deve expressar claramente o objetivo, a fundamentação teórica, a metodologia experimental e as conclusões do trabalho.

Objetivo: é uma fala curta, dita no início da Apresentação, em que se expõe o que já está redigido como objetivo no Projeto de Pesquisa. É importante deixar claro o objetivo para que os demais alunos compreendam a apresentação.

Fundamentação: apresenta a fundamentação teórica do Trabalho Trimestral. Descreva o conhecimento teórico que é importante para entender a experiência. Explique como planejou o experimento, qual foi o "ponto de partida" e que inovações o grupo fez.

Desenvolvimento: descreve como o experimento foi desenvolvido. Explique os procedimentos usados e justifique a sua importância. Mostre o experimento e explique como ele foi montado e como foram feitas as medidas.

Resultados: explique como os dados foram coletados e organizados (em tabelas, gráficos). Mostre alguns resultados e que conclusões se pode extrair deles. Em particular, diga se o resultado confirma a hipótese, se o resultado é conclusivo ou encaminha para uma nova experiência. Evite ficar somente nos juízos de valor do tipo "foi muito bom" ou "aprendemos muito fazendo este trabalho".
 



 

6 - O RELATÓRIO FINAL

O Relatório Final é a última etapa da pesquisa, em que se apresentam os resultados do Trabalho Trimestral. Um instrumento de grande importância para a elaboração do relatório é o Caderno de Campo, pois este contém todas as informações da pesquisa.

Na primeira etapa da ficha de avaliação do Relatório Final tem espaços para registrar a data e a forma usada para entregar o relatório e para verificar se ele está completo. Os tópicos que devem constar no Relatório Final dependem das exigências do professor. Geralmente os itens que constam em relatórios são:


- Identificação (capa ou cabeçalho dependendo da forma de apresentação),
- Sumário ou Resumo (dependendo da forma de apresentação),
- Introdução (definição, referencial teórico, objetivo e justificativa do trabalho),
- Fundamentação Teórica (referencial teórico e outras pesquisas sobre o assunto),
- Desenvolvimento (metodologia, execução e análise da experiência),
- Conclusão (resultados encontrados),
- Referências bibliográficas,
- Anexos (se forem necessários)
 

Há duas formas de apresentação do Relatório Final, "Trabalho Científico" ou "Artigo Científico". Para iniciar o relatório em um arquivo novo é importante configurar a página, escolhendo o tamanho de folha que será usado para imprimir o documento e configurando as margens para valores pré-estabelecidos. Depois formate os estilos que vai usar no relatório e construa a estrutura do documento. Esta etapa pode ser simplificada usando os modelos disponibilizados em:


www.if.ufrgs.br/~mitza/mdls.htm
 

O Relatório Final deve ser entregue na data estipulada, em um das formas aceitas pelo professor (impresso, em disquete, em CD, por e-mail ou através do ambiente de ensino à distância). Relatórios em disquete, CD, ou e-mail só podem ser entregues se o professor aceitar desta forma. A possibilidade de usar o ambiente de ensino à distância depende da escola disponibilizar este recurso. Nestes casos, em que o relatório não é impresso, ele só será considerado entregue depois que o professor confirmar que conseguiu abrir o arquivo para leitura.
 

6.1 - Formatação do Relatório

Como são oferecidas duas formas de apresentar o Relatório Final, com formatação de trabalho científico ou com formatação de artigo científico, este tópico está dividido em três itens, trabalho científico, artigo científico e referências bibliográficas.

Para relatórios extensos é padrão o uso da formatação de trabalhos científicos, mas esse não é o caso dos relatórios de Trabalhos Trimestrais. Usando a formatação de artigo científico será possível reduzir o volume (quantidade de folhas) sem diminuir a quantidade de informação. Os relatórios não são avaliados pelo número de páginas, mas pela qualidade das informações. A essência de um trabalho é o seu conteúdo, mas a sua aparência também é importante.

No tópico "Trabalho científico" são oferecidos parâmetros para escrever relatórios com formatação de trabalho científico. No tópico "Artigo científico" há parâmetros para escrever relatórios com formatação de artigo científico. As referências bibliográficas são importantes em qualquer relatório e há muitos detalhes que devem ser observados para a correta identificação das fontes consultadas, por isso há um item, "Referências bibliográficas" especialmente para orientar a organização desta importante parte de um trabalho.
 

6.1.1 - Trabalho científico

Ao iniciar a digitação do trabalho é recomendável fazer a configuração da página, escolhendo o tipo de folha em que será impresso o relatório, configurando as margens para valores, entre 2,0cm e 3,0cm, normalmente mantendo um pouco maior a margem esquerda, onde o relatório será grampeado. Não é preciso seguir uma norma rígida, mas todo o trabalho deve ter folhas e margens do mesmo tamanho. O ideal é criar um modelo que possa ser usado para todos os trabalhos escolares.

Folha de rosto: É a capa do relatório. Nela devem constar todas as informações necessárias à identificação do relatório. Estas informações estão na Tabela 2.

Tabela 2. Itens da folha de rosto de um trabalho científico

Sumário: sumário é a relação dos conteúdos do relatório, preferencialmente, com o número da página inicial de cada conteúdo. O editor de textos Word possui recursos para introduzir a atualizar o sumário automaticamente. Durante a digitação é importante usar estilos, para isto clique no botão de estilos da barra de formatação e escolha o estilo desejado, titulo 1 para título de capítulo, titulo 2 para subtítulo, título 3 para iniciar um tópico e ... para inserir o sumário clique no menu , <Índices...>, <Índice analítico> e escolha o formato de sumário da sua preferência.

Início de capítulo: todos os capítulos iniciam em nova página. A nova página não deve ser numerada e tem margem superior maior que as outras páginas. Esta margem maior é obtida inserindo algumas linhas antes do título do capítulo. As considerações feitas aqui são válidas para sumário, introdução, conclusão e referências bibliográficas. Em nenhuma página, exceto na de final de capítulo, podem ficar espaços em branco ao final da página.

Para evitar a numeração de páginas no início de capítulos, do sumário, da introdução, da conclusão e das referências bibliográficas, deve inserir uma quebra de seção antes do título. Clique em , , , . Este recurso deve ser usado para iniciar um texto em uma nova página.

Página normal: fazendo a configuração de página no início da digitação do trabalho a distribuição do texto nas páginas será feita pelo próprio editor de textos. Será necessário conferir páginas com figuras para evitar que espaços muito grandes fiquem em branco em algumas páginas que antecedem as figuras. A solução é colocar a figura um parágrafo antes ou um parágrafo depois.

Algo que deve ser evitado são tabelas muito longas, encher uma página com uma tabela que possui somente duas colunas de medidas é desperdício de espaço e papel. A solução pode ser a apresentação das medidas em um gráfico ou a distribuição dos dados em mais colunas. Também se evita colocar tabelas e gráficos com os mesmos dados, pois gráficos e tabelas são somente formas diferentes de apresentar a mesma informação. Quando os gráficos são elaborados a partir de tabelas muito extensas, pode-se acrescentar resumos das tabelas, com dados importantes para os cálculos.
 

6.1.2 - Artigo científico

Algumas vezes a introdução e a conclusão tem só um parágrafo, o que não justifica gastar uma folha, por isto é oferecida a possibilidade de apresentar o relatório com a formatação de artigo científico.


Fig. 5 - Exemplos da primeira página de artigos científicos.
 

No artigo científico os dados de identificação do trabalho devem estar no topo da primeira página. Os dados que devem constar no cabeçalho, são os mesmos que devem constar na folha de rosto de um trabalho científico.

No artigo científico o sumário é substituído pelo resumo que deve expor as idéias centrais da pesquisa. E o texto é corrido, não se usa nova página para cada capítulo. Outro aspecto que diferencia os dois modelos de apresentação do relatório é o espaçamento entre linhas.

Outro aspecto importante, tanto em trabalhos científicos como em artigos científicos é a identificação das figuras, das tabelas e das equações.

A identificação de uma figura é feita por uma legenda abaixo da mesma, que inicia por "Figura", seguido do número da figura e de sua descrição.

A identificação de uma tabela é feita por uma legenda acima da mesma, que inicia por "Tabela", seguido do número da tabela e de sua descrição.

Para a identificação de uma equação, que ocupa uma linha, e é centralizada, insere-se no final da linha a abreviação "Eq." seguida do número da equação.
 

6.1.3 - Referências bibliográficas

As referências bibliográficas são indispensáveis em um relatório, seja ele com formatação de trabalho científico ou com formatação de artigo científico, e devem seguir normas pré-estabelecidas. Uma página na internet que oferece excelente explicação para a elaboração de referências bibliográficas é disponibilizada pela Biblioteca do Instituto de Física da UFRGS, no seguinte endereço:


http://www.if.ufrgs.br/bib/referencias.html
 

Não tendo acesso a informações para escrever as referências bibliográficas, a alternativa é usar as referências bibliográficas dos artigos e livros consultados como exemplo para elaborar as referências do próprio trabalho.

Neste texto são apresentados alguns modelos e exemplos mais comuns de referências bibliográficas.


Livros com um autor:


- SOBRENOME, Nome do Autor. Título do livro. n° ed. Cidade: Editora. 2005. 000p.


- GASPAR, Alberto. Física - volume único. 1ª ed. São Paulo: Ática. 2003. 496p.


- HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª ed. Porto Alegre: Bookman. 2002. 685p.


- AMALDI, Ugo. Imagens da Física. São Paulo: Scipione. 1995. 537p.


Livros com dois ou três autores:


- SOBRENOME, Nome do Primeiro Autor & SOBRENOME, Nome do Segundo Autor. Título do livro. nº ed. Cidade: Editora. 2005. 000p.


- SOBRENOME, Nome do Primeiro Autor; SOBRENOME, Nome do Segundo Autor & SOBRENOME, Nome do Terceiro Autor. Título do livro. nº ed. Cidade: Editora. 2005. 000p


- CARRON, Wilson & GUIMARÃES, Osvaldo. As faces da Física - volume único. 2ª ed. São Paulo: Moderna. 2002. 742p.


- MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física - volume 1. 5ª ed. São Pulo: Scipione. 2000. 391p.


- RAMALHO JUNIOR, Francisco; FERRARO, Nicolau Gilberto & SOARES, Paulo Antônio da Toledo. Os Fundamentos da Física - volume 3: eletricidade, introdução à física moderna, análise dimensional. 8ª ed. São Paulo: Moderna. 2003. 468p.


- OKUNO, Emico; CALDAS, Iberê Luiz & CHOW, Cecil. Física para ciências biológicas e biomédicas. São Paulo: Harper & Row do Brasil. 1982. 490p.


Livros com mais que três autores:


- SOBRENOME, Nome do Primeiro Autor... [et al.] Título do livro. nº ed. Cidade: Editora. 2005. 000p.


- TORRES, Carlos Magno Azinaro... [et al.] Física: ciência e tecnologia: volume único. 1ª ed. São Paulo: Moderna. 2001. 665p.


- GRUPO de re-elaboração do Ensino de Física. Física 3: eletromagnetismo/GREF. 5ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 2002. 438p.


Artigo com um autor:


- SOBRENOME, Nome do Autor. Título do Artigo. Nome da Revista. Cidade: v.vol, n.nº, p.00-00. mês.2005.


- SILVEIRA, Fernando Lang da. A Filosofia da Ciência de Karl Popper: O Racionalismo Crítico. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis., v.13 n.3: p.197-218, dez. 1996.


- MOREIRA, I. C. Os primórdios do caos determinístico. Ciência Hoje. v.14, n.80, p.10-16. 1982


Artigo com dois ou três autores:


- SOBRENOME, Nome do Primeiro Autor & SOBRENOME, Nome do Segundo Autor. Título do artigo. Nome da Revista. Cidade: vol. nº: p.00-00 mês.2005.


- SOBRENOME, Nome do Primeiro Autor; SOBRENOME, Nome do Segundo Autor & SOBRENOME, Nome do Terceiro Autor. Título do artigo. Nome da Revista. Cidade: v.vol. n.nº: p.00-00 mês.2005.


- PERETTONI, Cláudio A. & ZORZI, Janete E. Determinação da constante solar por meio de um "calorímetro" com gelo. Caderno Catarinense de Ensino de Física. v.10, n.2: p.173-178, ago. 1993.


- SHEEHAN, William; KOLLERSTROM, Nicholas & WAFF, Craig B. O caso do planeta surupiado. Sientific American Brasil. São Paulo: ano 3, n.33: p.30-37. fev. 2005.


Artigo com mais que três autores:


- SOBRENOME, Nome do Primeiro Autor... [et al.]. Título do artigo. Nome da Revista. Cidade: v.vol, n.nº, p.00-00. mês.2005.


- DIAS, Penha Maria Cardoso... [et al.]. Um presente grego: A máquina de Hero de Alexandria. Caderno Catarinense de Ensino de Física. v.10, n.2: p.148-156, ago. 1993.


- BAUMEISTER, Roy F... [et al.]. O Fim do mito da Auto-estima. Sientific American Brasil. São Paulo: ano 3, n.33: p.84-91. fev. 2005.


Artigo de autor desconhecido:


- TÍTULO do artigo. Nome da Revista. Cidade: v.vol, n.nº,. p.00-00 mês.2005.


- PILHAS a combustível. Ciência Hoje. São Paulo: v.2, n.10: p.13-14. jan-fev.1984.


- UNIESCOLA: Dando apoio aos professores de Física. Caderno Catarinense de Ensino de Física. v.17, n.3: p.370-371, dez. 2000.


Trechos de uma obra, sem autoria especial:


- SOBRENOME, Nome do(s) Autor(es). Título do livro. nº ed. Cidade: Editora. 2005. Especificação do trecho.


- MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física - volume 1. 5ª ed. São Pulo: Scipione. 2000. Unidade 3 - Leis de Newton. p.115-294.


- GASPAR, Alberto. Física - volume único. 1ª ed. São Paulo: Ática. 2003. Capítulo 21 - Lentes e instrumentos ópticos. p.260-279.


Trecho de obra, com autoria própria:


- SOBRENOME, Nome do Autor. Título do trecho. In: Referência completa da obra


- TURNER, Raymond C. A Física dos Brinquedos. In: HALLIDAY, David & RESNICK, Robert. Fundamentos de Física 4 - Ótica e Física Moderna. São Paulo: LTC. 1991. p.21-25.


- HODGES, Laurend. Estrondos sônicos. In: TIPLER, Paul A. Física 1b. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois. 1985. p. 419-422.


Página da Internet:


- SOBRENOME, Nome(s) do(s) Autor(es). Título da página ou descrição. Disponível em: . Acessado em: data do último acesso.


- NORMAS para a apresentação de referências em documentos técnico-científicos (ABNT-NBR 6023), Disponível em: . Acesso em: 21 janeiro 2005.


- HORNE, R. S. Software para análise de sons - Spectrogram. Disponível em: Acesso em: 25 agosto 2004.


- NETO, Luiz Ferraz. Feira de Ciências. Disponível em: Acesso em: 24 janeiro 2005.


Consulta em Enciclopédia:


- Nome a Enciclopédia. Verbete. nº ed. Cidade: Editora. 2005. v.00, p.000-000.


- Enciclopédia Britânica. Motores. 3ª ed. São Paulo: Britânica. 1995. v.10, p.4567-4575.


- Enciclopédia do Estudante. Planetas. 1ª ed. São Leopoldo: Mitza. 2045. v.16. p.7890-7894.


Participação em congressos, feiras, simpósios...:


- NOME DO EVENTO. Nome do documento. Cidade: Organizador, ano. (evento como um todo)


- SOBRENOME, Nome(s) do(s) Autor(es). Título do trabalho. - NOME DO EVENTO. Nome do documento. Cidade: Organizador, ano. (trabalho apresentado em um evento)


- SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 15. 2003, Curitiba. Atas do XV Simpósio Nacional de Ensino de Física. Curitiba : CEFET-PR, 2003. 1 CD-ROM.


- ENIZ, Alexandre and GARAVELLIA, Sérgio L. Avaliação do conforto acústico em salas de aulas. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 15. 2003, Curitiba. Atas do XV Simpósio Nacional de Ensino de Física. Curitiba : CEFET-PR, 2003. p. 2859-2869. 1 CD-ROM.


- 19ª MOSTRATEC - MOSTRA INTERNACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Novo Hamburgo. Atas da 19ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia. Novo Hamburgo: Fundação Liberato, 2004. 1 CD-ROM.
 
 

6.2 - Conteúdos do Relatório Final

Independente do estilo de formatação do Relatório Final, este deve ter introdução, fundamentação teórica, desenvolvimento e conclusão. Neste tópico serão apresentadas algumas considerações importantes para escrever bem estes itens do Relatório Final. Alem desses itens que não podem faltar em um relatório, outros podem ser solicitados pelo professor. Isso vai depender da importância que ele atribui ao referencial teórico, ao experimento, à analise dos dados ou aos mapas conceituais.
 

6.2.1 - Introdução

Uma boa introdução explica o relatório, faz com que a pessoa que vai ler o trabalho compreenda o assunto que será desenvolvido e saiba o que foi investigado pelo grupo. Na introdução é importante definir o assunto da pesquisa e resumir o caminho seguido pelo grupo.

A definição do assunto deve ser clara e objetiva, e poderá ser seguida de uma delimitação que defina exatamente o objetivo que a pesquisa pretende alcançar e de uma justificativa que ressalte a importância do estudo e explique os motivos que levaram a escolha desse assunto.

Também é importante apontar qual será o referencial teórico em que o Trabalho Trimestral está embasado. Um resumo da metodologia empregada na pesquisa tem muito valor para entender o trabalho.

O tamanho da introdução deve ser proporcional ao tamanho do trabalho, e é importante evitar a inclusão de observações pessoais, não pertinentes à pesquisa, minúcias e detalhes e os resultados encontrados. Para um Trabalho Trimestral podemos sugerir que a introdução ocupe de 3% a 15% do Relatório Final.
 

6.2.2 - Fundamentação Teórica

A fundamentação teórica é parte central da pesquisa. Teoria e prática são os extremos inseparáveis da atividade científica. A Fundamentação pode ocupar de 20% até 75% do relatório de um Trabalho Trimestral. Esta enorme variação na proporção de um trabalho ocorre em função das enormes variações que ocorrem nas características das pesquisas.

A fundamentação teórica deve ser pertinente a pesquisa. Evite resumir capítulos de livros. Essa não é a finalidade de uma fundamentação teórica. Uma boa fundamentação apresenta os conceitos relevantes para a pesquisa e faz as conexões entre eles. A fundamentação teórica também não é uma lista de verbetes com explicações. Não basta dizer o que é cada peça usada na montagem, tem que explicar a função dela e como ela interage com as outras peças.

Se por um lado é importante cuidar para que na fundamentação teórica não sejam descritas teorias que não são importantes para o experimento, devemos também estar atentos para que ela descreva todo o referencial necessário para a compreensão do problema estudado.

Usar bons livros, procurar páginas de Internet confiáveis, de universidades, órgãos oficiais ou recomendadas por pessoas que sabidamente conhecem o assunto que está sendo investigado é um cuidado importante para escrever uma boa fundamentação teórica, livre de erros conceituais. Evitar os erros de português também é muito importante.

Ler mais que um texto sobre o assunto antes de escrever a fundamentação teórica ajuda a entender melhor o trabalho. Assim será possível escrever um Relatório Final que mostra que o grupo realmente compreendeu o problema estudado.

Esclarecer as hipóteses, explicar que resultados são esperados e como eles podem ser confirmados na fundamentação teórica é um recurso importante para fazer uma análise clara e consistente dos resultados no final do trabalho.
 

6.2.3 - Desenvolvimento

O desenvolvimento contém a parte prática da pesquisa. Quanto à sua importância no Relatório Final, deve compará-la à fundamentação teórica, podendo ocupar também entre 20% e 75% do relatório, dependendo do tamanho da fundamentação teórica.

Esquemas de montagem do experimento são encontrados na bibliografia e podem ser incluídos na fundamentação teórica, mas dificilmente se pode implementá-los exatamente com o autor descreve. Os ajustes no experimento e a adaptação às possibilidades do grupo faz parte do desenvolvimento.

Relatar dificuldades que foram encontradas e cuidados que foram tomados para que o experimento realmente funcionasse ajuda a convencer que o experimento realmente foi feito e é importante para que outras pessoas possam confirmar o seu funcionamento se assim o desejarem.

As medidas também fazem parte do desenvolvimento, explique como foram feitas as medidas, apresente as medidas ou os gráficos e faça a análise dos resultados.

Depois de fazer a análise dos resultados o grupo deve argumentar pela viabilidade da proposta apresentada no projeto, apontar melhorias que podem ser feitas ou explicar por que não foi possível fazer a experiência, essa argumentação é uma preparação para a conclusão.
 

6.2.4 - Conclusão

A conclusão faz contraponto à introdução, seu tamanho também está entre 3% e 15%. A conclusão deve ser pertinente à introdução, ela deve esclarecer se o objetivo proposto foi alcançado ou não.

Esse é o espaço para sugerir encaminhamentos futuros e julgar o valor do trabalho. Os encaminhamentos devem estar embasados nos resultados encontrados, sugerindo alternativas que podem gerar resultados melhores.

Uma parte da conclusão pode conter declarações pessoais sobre a importância do trabalho, mas não pode ser uma conclusão somente com declarações sobre o que o grupo achou do trabalho.
 



 

7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este guia não tem como objetivo escrever um tratado sobre como fazer Trabalhos Trimestrais, mas fazer um registro dos pontos mais importantes que devem ser observados para fazer uma boa pesquisa.

Depois de ler este guia é importante mantê-lo junto com o Caderno de Campo para que possa ser consultado sempre que surgir uma dúvida sobre a melhor forma de desenvolver o Trabalho Trimestral.

Use as informações desse guia para escrever o seu Projeto de Pesquisa, organizar o Caderno de Campo, preparar a Apresentação e digitar o Relatório Final, mas sempre que surgiram duvidas procure o professor ou colegas de séries mais adiantadas que também podem ajudá-lo a fazer o trabalho.
 



 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


[1] MOREIRA, M. A. Diagramas V no ensino da Física. Porto Alegre: Instituto de Física - UFRGS, 1997. 30p.


[2] NORMAS para a apresentação de referências em documentos técnico-científicos (ABNT-NBR 6023), Disponível em: . Acesso em: 21 janeiro 2005.


[3] SCHWARTZ, Barry. A Tirania da Escolha. Scientific American Brasil. ano 2. n.24, p.62-67. mai. 2004.