Conferências


Conferência I  (16/03/2023) - 09h

A compreensão do infinitamente pequeno que ampliou os nossos horizontes
A Física Quântica é uma das bases da Ciência moderna. Desde seu advento no começo do século 20 os seus resultados e previsões têm não somente permitido conhecer a natureza de uma maneira profunda, mudando concepções filosóficas e epistemológicas sobre realidade física, mas também levou ao desenvolvimento de inúmeras tecnologias presentes em nosso dia a dia, como computadores, smartphones, robôs, energia nuclear, diagnósticos com ressonância magnética, entre outras, que não existiriam se os segredos da matéria na escala atômica não fossem desvendados. Discutiremos os conceitos básicos da teoria quântica a partir de uma abordagem que conecta essas ideias com outros elementos culturais, como música e arte mostrando que esse conhecimento se integra a nossa cultura científica.

Prof. Dr. Adilson J. A. de Oliveira (UFSCar)
Professor Titular do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Foi Vice-Reitor da UFSCar entre novembro de 2012 à novembro de 2016. Concluiu doutorado em Ciências (Física da Matéria Condensada) pela UFSCar em 1996. Atua no Grupo de Supercondutividade e Magnetismo (GSM). Coordenador de Difusão do CEPID FAPESP -Centro de Desenvolvimento de Materiais Multifuncionais (CDMF) e do Center for Innovation on New Energies (CINE- FAPESP/SHELL). Fundador e Coordenador do Laboratório Aberto de Interatividade (LAbI) da UFSCar, laboratório voltado para o desenvolvimento de metodologias para divulgação científica. Os principais interesses são na área de Física, com ênfase em Materiais Magnéticos e Propriedades Magnéticas, e em Divulgação Científica. É responsável pelo blog de divulgação científica www.pordentrodaciencia.blogspot.com, editor e criador da revista eletrônica de divulgação científica Click Ciência (www.clickciencia.ufscar.br) e colunista do Ciência-Hoje desde 2006. Laureado com o Prêmio Ernesto Hamburger de Divulgação das Ciências Físicas em 2019. 


Conferência II  (16/03/2023) - 16h

A integração entre comunidade, escola e universidade fomentada através de Feiras de Ciências

Muitos dos problemas enfrentados no Ensino Superior e Básico circundam a falta de engajamento dos estudantes, em particular a falta de interesse no desenvolvimento de atividades didáticas. Porém, quando estudantes da Educação Básica são desafiados com projetos que envolvem a realização de pesquisas autorais e estudantes universitários se envolvem na organização de Feiras de Ciências, é possível estabelecer um processo de protagonismo de tais estudantes; processo esse que fomenta a integração entre comunidade, escola e universidade. Tal afirmativa é ancorada em pesquisas já realizadas sobre as Feiras de Ciências da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Nesta conferência, será apresentado um histórico das Feiras de Ciências do Campus Bagé da Unipampa, uma síntese das pesquisas já realizadas e o papel das Feiras de Ciências na divulgação científica.

Prof. Dr. Pedro Fernando Teixeira Dorneles (UNIPAMPA)

Professor Associado da Universidade Federal do Pampa e membro permanente dos programas de pós-graduação em Ensino (Mestrado Acadêmico) e em Ensino de Ciências (Mestrado Profissional) da Universidade Federal do Pampa. Doutor em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Física - área de concentração Ensino de Física - da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui graduação em Licenciatura Plena em Física pela Universidade Federal de Pelotas (2003) e mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005). Tem experiência na área de ensino de Física atuando principalmente nos seguintes temas: atividades computacionais, atividades experimentais, estudos sobre evasão, alfabetização científica e feiras de ciências. Trabalha principalmente com a Divulgação e Popularização de Feiras de Ciências, sendo o atual articulador do Programa de Feiras de Ciências da Unipampa (PROFECIPAMPA)


Conferência III (17/03/2023) - 09h

A busca por Deus na gênese da Mecânica Clássica: o que podemos aprender sobre a natureza da ciência com episódios históricos?

Ciência e Religião são domínios completamente distintos da atuação humana. Entretanto, não raras vezes ao longo da história, esses campos se encontram e dialogam. Esse diálogo pode ser por oposição, às vezes brutal, como a condenação de Galileo pela Igreja Católica. Mas há episódios curiosos, como os escritos ocultistas e místicos de Newton que também motivavam seu interesse pela Natureza, ou mesmo os diálogos de Einstein com a comunidade judaica sobre as implicações de suas teorias. Na presente fala, vamos olhar para um episódio histórico pouco conhecido hoje em dia: a origem do Princípio de Mínima Ação de Maupertuis. Esse princípio foi importante não somente para Mecânica Clássica, antecipando o Princípio de Hamilton, mas foi fundamental para Louis de Broglie, e influenciou até mesmo Schrödinger. Quando lemos o texto original de Maupertuis, entretanto, encontramos algo muito surpreendente: seu objetivo principal é provar a existência de Deus! Como é possível um princípio físico tão importante ter motivação religiosa? Isso enfraquece a validade desse princípio? Religião e Ciência podem ser comparadas? O que podemos aprender sobre como a ciência funciona a partir desse intrigante episódio?

Prof. Dr. Nathan Willig Lima (UFRGS)

Fez graduação em bacharelado em física com linha de formação em física médica na PUCRS (2014), licenciatura em física na Faculdade Avantis (2017), mestrado em Engenharia e Tecnologia de Materiais na PUCRS (2016) e doutorado em Ensino de Física na UFRGS (2018). É professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física da UFRGS. De janeiro a março de 2020, foi pesquisador visitante na Universidade de Copenhague - Dinamarca - participando de um projeto de pesquisa sobre história da Teoria Quântica e implicações para o ensino (com bolsa pelo programa CAPES-PRINT). Atualmente, é editor assistente da HPS&ST Newsletter. De 2022 a 2024 e está na Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física da UFRGS . Tem interesse em História, Filosofia e Sociologia da Ciência e da Educação em Ciências.




Conferência IV (17/03/2023) - 16h

Desafios das mudanças climáticas: explorando conexões entre o Brasil e a Antártica (Criosfera 2 – Skytrain Ice Rise)

Avanços recentes na compreensão científica das mudanças ambientais globais e sua intensificação nos motivam a explorar as conexões de tempo e clima entre a Antártica e os trópicos e vice-versa. Uma das grandes questões que necessitamos responder é: Como as condições ambientais da Terra respondem ao atual quadro de mudanças climáticas? Já sabemos que as regiões polares respondem a estas mudanças e possuem um importante papel no sistema natural da Planeta. Assim, desenvolver pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento científico no Continente Antártico, em especial climatologia e glaciologia, propicia ao Brasil um entendimento das mudanças ambientais observadas nas regiões polares e o impacto destas mudanças no Planeta e em especial em eventos extremos e teleconexões no Brasil.

Prof. Dr. Francisco Eliseu Aquino

Francisco Eliseu Aquino, professor associado do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharel em Geografia (UFRGS), mestrado em Geologia Marinha e doutorado em Climatologia e Mudanças Climáticas pelo Programa de Pós-Graduação em Geociências (UFRGS) e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) / Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Climatologista, que desenvolve pesquisas com ênfase em meteorologia e climatologia polar e subtropical, eventos extremos, teleconexões, monitoramento de massas de gelo, emergência climática e o Brasil. Participa e desenvolve pesquisas desde 1993/94 no Programa Antártico Brasileiro. Responsável pelo desenvolvimento do projeto, construção e instalação do módulo científico CRIOSFERA 2 / Centro Polar e Climático - CPC/UFRGS no verão de 2022/23 em Skytrain Ice Rise - Antártica. Coordenador do NOTOS – Laboratório de Climatologia do Departamento de Geografia, e da Divisão de Climatologia Polar e Subtropical do CPC/UFRGS.

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