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Conferências


Conferência I  (07/11/2019)
Ensino de Ciências por Investigação: contribuições para a formação do sujeito contemporâneo
Vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico em que o acesso a informações cresce a cada dia. Em contrapartida, muitas escolas ainda nos dias atuais resistem em ser locais de apresentação de conhecimentos de séculos passados. Será suficiente, para a formação do cidadão atual, apresentar aos estudantes apenas os conceitos, leis e teorias das ciências? Como podemos planejar e implementar práticas no ensino de ciências visando ao desenvolvimento do sujeito para análise de situações e de contextos? Qual o papel do ensino de ciências para a formação do sujeito contemporâneo? Nesta fala, com o objetivo de responder a questões como estas, abordaremos o que é o ensino por investigação, como ele se relaciona com o ensino de ciências e de que modo o seu desenvolvimento permite a aprendizagem que envolva informações, ações e diálogo para a produção de entendimentos e mudanças de nós mesmos e do mundo.

Profa. Dra. Lúcia Helena Sasseron (USP)
Licenciada em Física (2001), Mestre em Ensino de Ciências (Modalidade Física) (2005), Doutora em Educação (2008) e Livre-docente (2018) pela Universidade de São Paulo. Realizou estágio de pesquisa na Penn State University, USA (2015 a 2016). Professora Associada do Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação da USP, ministra disciplinas para os cursos de Pedagogia e Licenciatura em Física. Orientadora de pós graduação do Programa de Pós-Graduação em Educação da FE-USP e do Programa Interunidades em Ensino de Ciências IF-FE-IB-IQ-USP. Pesquisa sobre o desenvolvimento da Argumentação e da Alfabetização Científica em sala de aula. Realiza atividades de ensino, pesquisa e extensão junto a professores da educação básica da rede pública de ensino com o objetivo de permitir aos estudantes o envolvimento com práticas de investigação para o desenvolvimento do pensamento crítico.


Conferência II  (07/11/2019)
Projetos Inovadores no Ensino de Física em nível médio

Projeto I - Mutirão das Estações Meteorológicas Modulares por estudantes do Colégio Estadual José Loureiro da Silva: uma prática educacional aberta voltada ao monitoramento ambiental colaborativo
Os participantes da Escola Itinerante de Tecnologia Cidadã Hacker - EITCHA! (http://eitcha.org/) - relatarão o desenvolvimento de um projeto de ciência comunitária e cidadã em um mutirão de montagem de Estações Meteorológicas Modulares (EMM) desenvolvido no Colégio Estadual José Loureiro da Silva, em Esteio. Em particular, serão discutidos: i. o Guia da Comunidade EMM, um compêndio de Recursos Educacionais Abertos para a facilitação da construção de uma EMM; ii. o momento de construção das atividades, quando buscou-se fortalecer a autonomia de estudantes por meio do exercício de fundamentos de liberdade de conhecimento tecnológico; e iii. o momento de instalação de um sistema de monitoramento ambiental que disponibiliza dados científicos de maneira aberta.

Escola Itinerante de Tecnologia Cidadã Hacker (EITCHA!) - É um projeto com o objetivo de promover a emancipação através de atividades educacionais em escolas sobre tecnologia. Os tópicos abordados são ciência aberta, ciência cidadã, software livre, hardware aberto e livre, dados abertos, segurança da informação e o funcionamento da internet. As atividades desenvolvidas são licenciadas sob licenças Creative Commons e os códigos utilizados estão disponíveis sob licenças livres. A EITCHA! conta com o apoio da Mozilla Foundation, sendo beneficiária do primeiro Mozilla Science Mini-Grants, voltado para uma internet saudável e a ciência aberta.

Autores: Leonardo Sehn, Jan Luc Tavares, Augusto Caneppele, Rafael Pezzi, Luíza Garcia, Elen Pascoal, Juliano Kerecki, Lucas Casagrande, Vinícius Martinez e Luís Wobarski (Colégio Estadual José Loureiro da Silva - Esteio).



Projeto II - A Pesquisa no Ensino Médio
Neste palestra Juliana Estradioto e, sua orientadora, Flávia Twardowski, vão contar um tanto a trajetória da estudante de ensino médio no mundo da pesquisa e sobre a experiência de trabalhar em projetos de pesquisa na área de reaproveitamento de resíduos e de ciências dos materiais, utilizando recursos que iriam para o lixo para gerar materiais alternativos.

Juliana Davoglio Estradioto - é técnica em Administração e egressa do IFRS – Campus Osório. Em 2018 recebeu 1ª lugar no Prêmio Jovem Cientista com o trabalho Desenvolvimento de Filme Plástico Biodegradável a partir da Fibra Residual do Maracujá. A pesquisa vem ao encontro da temática “Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social” da 29ª edição da premiação promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com outra pesquisa abrangendo o reaproveitamento da noz macadâmia, ficou em 1º lugar na Intel International Science and Engineering Fair 2019, maior feira de Ciências do mundo, na área de Ciências dos Materiais.

Profa. Dra. Flávia Twardowski – Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003), mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013). Tem experiência nas áreas de Bioquímica, Microbiologia e Sensometria


Conferência III (07/11/2019)
Adoção de Inovações Didáticas no Ensino de Física

Muitos dos problemas do Ensino de Física têm sido atribuídos à falta de iniciativa docente em inovar suas práticas, em particular pelo desconhecimento de métodos e estratégias didáticas promissoras. Contudo, a adoção e difusão de inovações é um processo complexo demandando que os professores enfrentem uma série de desafios, tanto para reunir as condições necessárias para que a inovação ocorra, quanto para superar barreiras e dificuldades em sua implementação. Nesse contexto é usual que adaptações sejam realizadas para adequar o planejamento teórico com a realidade institucional em que o ensino ocorre. Serão discutidas modificações comuns em alguns métodos ativos de ensino e até que ponto podemos alterar uma inovação didática sem que esta se descaracterize.

Prof. Dr. Ives Solano Araujo (UFRGS)
O Professor Ives Araujo possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Física (FURG - 2000), Mestrado em Física na área de concentração Ensino de Física (UFRGS - 2002) e Doutorado em Física também voltado ao Ensino de Física (UFRGS 2005). Realizou um estágio pós-doutoral na Universidade de Harvard (EUA, 2009-2010) participando do grupo de pesquisa em Ensino de Física do Prof. Eric Mazur, com quem mantém colaboração desde então. Atualmente é Professor Associado III do Dept. de Física - UFRGS, Editor da revista Investigações em Ensino de Ciências (IENCI) e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física da UFRGS, atuando também como professor e orientador de teses de doutorado e dissertações de mestrado (acadêmico e profissional). Tem experiência na área de Ensino de Física com produções vinculadas aos seguintes temas: Física Geral, modelagem computacional aplicada ao ensino, tecnologias computacionais, métodos interativos de ensino, teorias de aprendizagem, epistemologia da Física e ensino de Ciências. Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq - Nível 2.


Conferência IV  (08/11/2019)
A física e o ensino de física na era da inteligência artificial

Os sistemas inteligentes devem revolucionar não só a ciência e a tecnologia, mas todas as atividades da sociedade. Tais sistemas são desenvolvidos com a convergência de tecnologias de diferentes áreas, sendo que a física desempenha papel central. A física é essencial para a produção de novos materiais e dispositivos com os quais são construídas as máquinas inteligentes e coletados os dados usados por algoritmos de aprendizagem de máquina. Em contrapartida, as pesquisas em física já começam a ser impactadas pelos sistemas inteligentes, havendo tópicos que só são abordados com metodologias de inteligência artificial, como o aprendizado de máquina com redes neurais profundas. É inevitável que o ensino da física também seja afetado por sistemas inteligentes cada vez mais sofisticados, principalmente com a capacidade crescente de processamento de língua natural. A meta de se obter uma máquina com capacidade de comunicação em língua natural pode ser alcançada num futuro não muito distante, e isso alterará todo o cenário de ensino, inclusive o de física. Nesta palestra será apresentada uma análise crítica das perspectivas e desafios trazidos pelos sistemas inteligentes.

Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (USP)
Osvaldo Novais de Oliveira Jr. é físico de formação, tendo concluído o doutorado na University of Wales, Bangor, Reino Unido. É professor do Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo. Publicou cerca de 530 artigos em periódicos especializados, 23 capítulos de livros, 2 livros de divulgação científica, 1 livro sobre escrita científica em inglês, 3 livros com coletâneas sobre nanotecnologia, tendo submetido 9 pedidos de patentes. Esses trabalhos receberam cerca de 11500 citações (fator h = 50, dados de março de 2019). Orientou 50 mestres e doutores. É membro fundador do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), que desenvolveu o revisor gramatical ReGra, agraciado com 2 prêmios de inovação tecnológica e disponível mundialmente com o processador de texto Word for Windows. Suas principais áreas de atuação são em filmes orgânicos nanoestruturados, tópico de física da matéria condensada, e processamento de línguas naturais. É membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), e editor associado da revista ACS Applied Materials & Interfaces. Recebeu o Prêmio Scopus 2006, outorgado pela Elsevier do Brasil e a Capes, como um dos 16 pesquisadores brasileiros com maior produção científica, com base no número de publicações, citações e orientações.


Conferência V (09/11/2019)
Passado, presente e futuro: o Grande Colisor de Hádrons e os caminhos da física de partículas

A palestra discutirá o que é o Grande Colisor de Hádrons (LHC), para que ele serve, revisando-se o Modelo Padrão das partículas elementares e os achados recentes daquele acelerador. Discutiremos também a visão do futuro na física de altas energias envolvendo grandes aceleradores e o envolvimento do Instituto de Física na UFRGS nestes projetos.

Prof. Dr. Magno Valerio Trindade Machado (UFRGS)
Graduou-se em Fisica pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), obteve grau de mestre em Física (1998) e doutor em Fisica Teórica (2002) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atuou como Recém-Doutor na Universidade Federal de Pelotas, junto ao IFM-UFPel (2003). Foi Professor Pesquisador na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), Campus de Bento Gonçalves, curso de Engenharia de Bioprocessos e Bioengenharia (2004-2006). Atuou como professor Adjunto/Pesquisador na Universidade Federal do Pampa (2006-2009), campus de Bagé, sendo também coordenador do Comitê Institucional PIBIC/CNPq. Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto de Fisica. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Teoria Geral de Partículas e Campos, atuando em vários temas de pesquisa: física de altas energias no LHC e RHIC, aspectos teóricos/fenomenológicos da Cromodinâmica Quantica (QCD), modelos de Pomeron, raios cósmicos de altíssimas energias, física de neutrinos em altas energias, física de produção de quarks pesados. É consultor ad-hoc das agências de fomento CNPq (Brasil) e CONICYT (Chile) e membro do Programa de Pós Graduação do IF-UFRGS (orientador)